terça-feira, 7 de junho de 2011

Reeducação Alimentar - A Dieta da Abundância


Como fui magra até os 24 anos, mesmo acima do peso pensava como magra: posso perder peso quando quiser, basta fechar a boca e fazer mais exercícios. Sempre achei que só era gordo quem queria e que era muito simples perder tudo que se ganhou. E outro problema de ter sido magra a vida inteira é que minha imagem mental que tenho é de quando tinha 17 anos – melhor fase da minha e que pra mim representa quem sou, até fisicamente. Ou seja, eu só me deparava com o meu real tamanho quando saia pra comprar roupas e não encontrava numeração das peças que mais gostava e que faz o meu estilo. Ou quando tirava foto e me via como eu realmente era. Ficava chateada, decepcionada e até deprimida, mas quinze minutos depois já tinha esquecido o episódio. Nunca levei a idéia de fazer regimes a sério porque achava sem sentido me privar de algo que gostava por algo tão superficial quanto a aparência – logo eu que sempre fui muito vaidosa.

Como ex-atleta, adoro malhar e praticar esporte, mas o meu problema era encontrar um horario na minha agenda. Como advogada, tenho clientes que me ligam às 7h da manhã, audiências que terminam as 20h e as vezes tenho que acompanhar oficial de justiça cumprir mandato as 3 horas da manhã. Para além disso, costumava trabalhar até às 23h no escritório para cumprir os prazos processuais. Na verdade, eu não me empenhava de verdade para arranjar um tempo para os exercícios. Estava viciada no trabalho e ele era a única coisa que importava pra mim.

Eu só percebi que realmente tinha que emagrecer ou melhor, que eu tinha que adotar hábitos e alimentanção saudável quando comecei a ter vários problemas de saúde. Nada realmente grave, como resfriados, sinuzite, virose de pneumonia e por fim, asma. Era o prazo de melhorar de um resfriado, a sinuzite atacava e não tinha remedio que conseguia me fazer sentir melhor. A crise piorava, passava mal da asma. Em fevereiro, cheguei ao ponto de ter que andar com bombinha de berotec na bolsa e mesmo assim tinha crises que parava no hospital.

Qual era o meu problema? Eu não queria assumir pra mim mesma, que estava acima do peso e precisando cuidar da minha saúde de forma definitiva.

Foi então quer percebi que tinha que mudar minhas prioridades. Não adiantava me focar demais no trabalho e não me almentar direito, porque vou ficar mais exposto aos resfriados , dores de cabeça, tpm, crises de asma e todos os problemas comuns de quem está acima do peso. Mas apesar do senso comum dizer o que é necessário para emagrecer e se alimentar de forma saudável, eu fiz a pergunta que todos que passam pela mesma situação acaba fazendo: qual é o melhor metodo para emagrecer e melhorar a saúde, sem ter que passar fome e sofrer com o efeito sanfona?

Sempre que posso, eu assisto a Gillian Mckeith - Você é o que você come, programa exibido pelo canal GNT. Eu via o quanto os participantes se alimentavam mal, estavam muito acima do peso e com vários problemas de saúde. Mas só em março que a ficha realmente caiu... Eu era como aquelas pessoas: me alimentava mal - ficava muito tempo sem comer e escolhia os alimentos errados, não fazia exercicios, trabalhava demais, dormia menos de quatro horas e me estressava por qualquer coisa. 

Em abril passei por uma crise muito muito grave de sinuzite e asma, o que acabou adiando a retomada a academia. Mas foi bom porque consegui me reabilitar do meu vicio em ventilador e passei a consumir muita água. E foi essa crise forte que me fez decidir adotar o programa da Dra. McKeith. Nada de regimes radicais ou dietas restrivas, mas uma verdadeira reeducação alimentar. 

A proposta da Gillian é a dieta da abundãncia. Isso porque na sua opinião, dieta não é passar fome, mas, pelo contrário, um novo estilo de vida com abundância de alimentos saudáveis. E no livro que leva o mesmo nome do programa - Você é o que você come, ela ensina a importância de cada alimento para o bom funcionamento do organismo. 

Segundo a Dra. McKeith, até uma mudança mínima no hábito alimentar pode transformar a sensação de bem-estar. Ela enfática em seu livro: o segredo não está em não comer, mas voltar a atenção para centenas de novos alimentos dos quais talvez nunca se tenha ouvido falar. Não é uma dieta de restrição, pelo contrário, é de abundância. Mais é comer mais dos alimentos saudáveis, e menos dos alimentos insalubres. E seguindo essa mudança, além de perder peso, melhora-se a saúde. Quer receita melhor?

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